Detecção e Genotipagem do vírus HPV na população da região norte do Paraná – FASE II
Colaborador
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Resumo da Iniciativa
Realizar o diagnóstico molecular do HPV em mulheres atendidas pelo SUS, bem como realizar oficinas educativas/informativas e a distribuição de folhetos informativos sobre o vírus HPV e o desenvolvimento de câncer de colo de útero, enfatizando a importância da vacinação.
Descrição da Iniciativa
O câncer de colo de útero (CCU) é o 3º tipo de câncer mais frequente entre mulheres, atrás apenas do câncer de mama e de cólon e reto. No Paraná é o 4º mais incidente, excluindo pele não-melanoma. Até o momento foram identificados mais de 200 subtipos de Papilomavírus Humano (HPV), os quais são classificados de acordo com seu potencial carcinogênico em alto e baixo risco. A persistência do HPV é necessária para o desenvolvimento de lesões intraepiteliais cervicais de baixo e alto graus, bem como para o desenvolvimento de CCU, Seguindo o câncer de pele, esse tumor é o que apresenta maior potencial de prevenção e cura, quando diagnosticado precocemente. O teste citopatológico convencional é a principal estratégia de programas de rastreamento do CCU no mundo, contudo este exame apenas sugere a presença viral por meio da observação de lesões nas células da cérvice-uterina. Desta forma, exames moleculares são metodologias mais sensíveis na identificação do DNA do HPV, por permitir a detecção de todos os tipos virais encontrados na amostra.
O principal método de prevenção é a vacinação, disponibilizada para meninas entre 09 e 13 anos, pelo PNI, sendo a vacina quadrivalente segura e eficaz. Contudo observamos que a cobertura vacinal vem diminuindo. Em 2014, quando lançada, a vacinação destinada a meninas entre 11 e 13 anos de idade, atingiu 96,9% de cobertura para a 1ªdose. No ano de 2015 a ampliação da vacinação para a faixa etária de 9 a 11 anos atingiu 55,9% de cobertura na 1ª dose, e apenas 29,51% de cobertura na 2ªdose para a faixa etária de 9 a 12 anos (Boletim Informativo do PNI - 2015).
Além dos dados sobre a diminuição da cobertura vacinal, na Fase I do projeto nos deparamos com resultados interessantes e preocupantes que demonstraram que mulheres com idade menor que 24 anos (<0,001), com início precoce da atividade sexual (p=0.01) e tabagistas (p=0,004) apresentaram maior índice de infecção pelo HPV. Em relação à renda mensal familiar, 91,7% das mulheres HPV positivas relataram uma renda de até 3 salários mínimos, permitindo inferir que existe um componente socioeconômico que contribui para um maior risco à infecção. Não houve diferenças em relação ao grau de escolaridade entre os grupos, contudo 56,6% das mulheres HPV negativas e 58,4% das positivas não completaram o ensino médio. Contudo este dado pode estar associado a um dos principais fatores que contribui para a disseminação do vírus, a falta de conhecimento acerca do HPV e de sua forma de transmissão. O uso de preservativos durante relações sexuais, foi relatado por apenas 7,8% das mulheres. Estes dados demonstram a importância de programas de educação em saúde, visando à conscientização da população quanto aos riscos de desenvolvimento do CCU, sendo relevantes, também, os conhecimentos sobre à forma de transmissão e tratamento, enfatizando a profilaxia da doença por meio de vacinação, bem como o alerta da importância do uso de preservativos para a prevenção de diversas ISTs.
O principal método de prevenção é a vacinação, disponibilizada para meninas entre 09 e 13 anos, pelo PNI, sendo a vacina quadrivalente segura e eficaz. Contudo observamos que a cobertura vacinal vem diminuindo. Em 2014, quando lançada, a vacinação destinada a meninas entre 11 e 13 anos de idade, atingiu 96,9% de cobertura para a 1ªdose. No ano de 2015 a ampliação da vacinação para a faixa etária de 9 a 11 anos atingiu 55,9% de cobertura na 1ª dose, e apenas 29,51% de cobertura na 2ªdose para a faixa etária de 9 a 12 anos (Boletim Informativo do PNI - 2015).
Além dos dados sobre a diminuição da cobertura vacinal, na Fase I do projeto nos deparamos com resultados interessantes e preocupantes que demonstraram que mulheres com idade menor que 24 anos (<0,001), com início precoce da atividade sexual (p=0.01) e tabagistas (p=0,004) apresentaram maior índice de infecção pelo HPV. Em relação à renda mensal familiar, 91,7% das mulheres HPV positivas relataram uma renda de até 3 salários mínimos, permitindo inferir que existe um componente socioeconômico que contribui para um maior risco à infecção. Não houve diferenças em relação ao grau de escolaridade entre os grupos, contudo 56,6% das mulheres HPV negativas e 58,4% das positivas não completaram o ensino médio. Contudo este dado pode estar associado a um dos principais fatores que contribui para a disseminação do vírus, a falta de conhecimento acerca do HPV e de sua forma de transmissão. O uso de preservativos durante relações sexuais, foi relatado por apenas 7,8% das mulheres. Estes dados demonstram a importância de programas de educação em saúde, visando à conscientização da população quanto aos riscos de desenvolvimento do CCU, sendo relevantes, também, os conhecimentos sobre à forma de transmissão e tratamento, enfatizando a profilaxia da doença por meio de vacinação, bem como o alerta da importância do uso de preservativos para a prevenção de diversas ISTs.
Endereços
Rodovia Celso Garcia Cid, Laboratório de Genética Molecular e Imunologia - CCB, Jardim Portal de Versalhes 1, Londrina-PR, 86057-970, Brasil
Objetivos da Iniciativa
Considerando os dados evidenciados na fase I deste projeto, a importância epidemiológica, a relação do HPV com o desenvolvimento de neoplasia intraepitelial cervical, somado ao fato de que a cobertura vacinal contra o HPV vem diminuindo no Estado do Paraná. Este projeto, em sua segunda fase, pretende continuar a realizar oficinas educativas/informativas e a distribuição de folhetos informativos sobre o vírus HPV e o desenvolvimento de câncer de colo de útero, enfatizando nesta segunda fase a importância da vacinação, bem como dar continuidade a avaliação da presença do HPV em mulheres atendidas em programas de prevenção ao câncer de colo de útero do setor público de saúde vinculado à 17ª Regional de Saúde do Estado do Paraná, por meio de metodologia específica e sensível, que garanta um diagnóstico precoce das infecções, visando também à associação de dados demográficos para análise dos fatores de risco que contribuem para a exposição da população ao vírus, bem como os determinantes da manutenção da infecção.
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