A competência interpessoal passou a ser um requisito imprescindível a todos os níveis ocupacionais de uma empresa. As organizações têm o capital humano como uma ferramenta de desenvolvimento de serviços e o desenvolvimento individual é essencial, considerando que o indivíduo deve estar apto a exercer suas atividades (FONSECA, et al., 2016).
Segundo Moscovici (1985, p. 27) “a competência interpessoal é a habilidade de lidar eficazmente com as relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma adequada as necessidades de uma e as exigências da situação”. Também é uma ferramenta de gestão que quando aplicada corretamente, influencia a equipe, considerando que os indivíduos sentem necessidade da busca constante de melhorias sua vida, tanto no âmbito profissional quanto no pessoal. Possuir sensibilidade para identificar as determinadas situações, possibilita que o sujeito desempenhe melhor o seu trabalho, tanto na parte técnica da empresa quando na rede de relações interpessoais (RODRIGUES, et al., 2001)
O desenvolvimento interpessoal do enfermeiro é uma tarefa complexa, considerando que a formação desses profissionais, na maioria das escolas, possui como foco a excelência do desenvolvimento técnico. Entretanto, é esperado que o enfermeiro seja capaz de desempenhar um papel de liderança no trabalho, dentro de uma perspectiva participativa, no qual o objetivo é alcançado quando há esforço de todos e não apenas na união de esforços individuais (FONSECA, et al., 2016).
Assim, acredita-se que o enfermeiro deve possuir em sua formação conteúdos que instrumentalizem para uma ação globalizada, essencialmente quando se trata do trabalho em equipe e coordenação desses trabalhos (MUNARI, et al., 2003).
Trata-se de uma pesquisa qualitativa compreensiva do tipo pesquisa-intervenção. A abordagem qualitativa é mais empregada em pesquisas nas áreas das ciências humanas e sociais, por se aprofundarem mais no universo das ações de pessoas e dos significados de suas relações, profundamente embasados em crenças, valores, atitudes e hábitos dos indivíduos. Elas ainda procuram trabalhar com as vivências, as experiências, o cotidiano e a compreensão das estruturas e instituições, resultantes de intervenções humanas (MINAYO, 2012; ALVES, 2013).
A pesquisa será realizada com alunos do curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Paraná, campus de Paranavaí-PR e os profissionais de enfermagem do mesmo município. Sua operacionalização se dará por meio de oficinas periódicas ministradas por professores vinculados ao Projeto de Ensino (MARQUES, 2018).