O projeto incorpora todos os grupos de pesquisa dos cursos de Engenharia Química e Ciências Biológicas que são voltados para a área de projetos sustentáveis. O grupo de pesquisa Engenharias Sustentáveis do curso de Engenharia Química atua com as empresas da região Oeste do Paraná, do setor Agro Alimentar, reaproveitando matérias primas, ou “Matérias Primas Secundárias”. Sangue, rim e fígado são alguns exemplos de provenientes de matérias primas cárneas para o desenvolvimento de produtos que vão para a área de nutrição animal, humana, fitofármacos, produção de cosméticos, ou agricultura sustentável hidrolisados e proteicos, além de fertilização de solo.
“Hoje a gente trouxe esse material para mostrar para as crianças, tudo o que é produzido de matéria prima pode ser reaproveitada ao máximo, para que tenha novos produtos, e que principalmente nós tenhamos fontes alternativas de nutrição em função da disponibilidade de falta de alimentos que vai ter no futuro, por causa do aumento crescente da população. Então o que a gente está fazendo é, criar alternativas principalmente para a nutrição animal e humana, para evitar que isso não seja um problema no futuro, a gente trabalha muito com a proteína, reaproveitamento de proteína, porque essa matéria prima é a que mais vai faltar no mundo inteiro”, explicou a professora Mônica Leidy Fioreze.
Além disso, o grupo também apresentou no estande, “O que acontece com a química?”, com o professor Douglas, mostrando a eletro fiação. A eletro fiação serve para produzir membranas, que podem ir desde membranas zimogênicas, de embalagens inteligentes, que são embalagens biodegradáveis para usar em alimentos. Ela também pode ir para a parte de medicina regenerativa com um curativo biodegradável e compatível com a pele humana. “Essas nano fibras que nós fazemos, também é feita com o reaproveitamento da indústria, plantas exóticas ou plantas alimentícias não convencionais. Então hoje a gente trouxe para a feira uma membrana que produzimos com um colágeno, uma versão de pele de rã, e um colágeno em versão de pele de tilápia, incorporado com extrato de óleo manobres, porque essas duas matérias primas, conseguem melhorar a cicatrização de feridas”, disse a professora.

Com todas as propriedades do colágeno e extratos de plantas, o processo de recuperação da pele é mais rápido e como não é necessário a troca do curativo, o indivíduo evita que o processo de cicatrização seja danificado. “Então a ideia agora é comprar inclusive um equipamento maior, para que a gente consiga produzir essa nano fibra na forma de rolo e possa começar os testes em vivo, começando com a prática em ratos, para depois começar a testar em queimaduras. A ideia é colocar isso inclusive no hospital universitário, para que as pessoas que chegarem queimadas terem uma alternativa biodegradável para não ter que retirar o curativo”, acrescentou Mônica.

Assessoria de Comunicação Social